Arquivo da categoria: Cursos e academias…

Conheça a (verdadeira) Produção Editorial

A insatisfação é geral entre os acadêmicos de Produção Editorial da Comunicação Social da UFSM.

Somos profundamente prejudicados por uma sistemática errônea de ensino e gestão, advinda da busca desesperada por grandes “recompensas” materiais e financeiras. Uma formação de estrutura improvisada, que busca apenas a solução dos problemas (realmente “tapar os buracos”) mais superficiais, resulta numa política de ensino que, paradoxalmente, se esquece dos usuários desse sistema, ou seja, seus próprios alunos. Não é de nosso maior interesse fazer propaganda adversa a este que, se bem pensado e trabalhado, poderia ser um dos grandes cursos a servir, quem sabe, como referência para este “lindo” projeto chamado REUNI.

Não é segredo para ninguém que esse curso foi criado para suprir carências dos outros cursos da FACOS. Mas agora isso não vem ao caso: já que estamos aqui, temos o direito de protestar por melhores condições de ensino e formação, afinal escolhemos essa, a nossa profissão futura. Sabemos muito bem que a chegada de professores está acontecendo, mas o motivo pelo qual viemos por este chamar atenção dos leitores é a nuvem negra que paira sobre estas terras. Sim, temos professores, mas ainda assim, o que se faz de nosso ensino? Quando chegam docentes por meio de concursos para Produção Editorial, onde eles atuam? Ao entrarmos nesta universidade sabíamos das adversidades que poderíamos enfrentar, como a falta de estrutura física e humana para nossa formação. A estrutura física já é muito boa e, tecnicamente, os professores estariam aptos a ampliar nossos conhecimentos. Isso não está acontecendo, não para as matérias específicas da Produção Editorial. Temos um laboratório com equipamentos de última geração, equipamentos que chamamos de Mac (MÉC, na pronuncia da palavra, abreviação para MACINTOSH – APPLE) mas a única coisa que sabemos sobre eles é justamente o apelido. Parece zombaria com nós mesmos, e é. Também possuímos impressoras, pacotes de softwares de última geração e 20 Desktops encaixotados, além de verbas que vem para financiar nossas inexistentes produções. Temos materiais e equipamentos, ótimo, agora nos deem a estrutura para a construção da nossa intelectualidade enquanto editores, comunicadores, comunicólogos, produtores editoriais de alto nível.

 

Aulas levadas sem grandes embasamentos teóricos, sem uma pré reflexão acerca do conteúdo que está sendo transmitido, professores desatualizados que ministram as classes da maneira que podem – mas muitas vezes, estando aquém da demanda da disciplina – trazem ao curso uma incompreensível tormenta de desmotivação e confusão mental. Certa vez um de nossos professores disse que deveríamos formar nossas mentes para que deixássemos de ser meros tarefeiros, mas quando chegamos aqui, o que vemos é uma enxurrada de “trabalhinhos” que vem “de cima”, para suprir a falta de técnicos, sim, técnicos em editoração. Obviamente a formação profissional perpassa pelas questões técnicas, mas também pela moldagem de um pensamento crítico, conjunto a ação, o que não estamos conseguindo perceber aqui, até agora. Em suma, o que se vê em tantas teorias maravilhosas sobre como lidar com a comunicação, não é o que se vê na prática. A velha história de que em uma casa de comunicadores, o que menos se faz é comunicar-se com qualidade.

Prova dessa estruturação prematura é a grade curricular mal elaborada que conta com matérias repetitivas em diversos semestres. Sim, querem um exemplo, caros leitores? Produção para Web, Produção Editorial para Web, Produção em Hipermídia, Produção Editorial em Hipermídia, dentre outras. Para se ter uma ideia, uma pergunta que até hoje muitos não souberam nos responder: “O que faz um produtor editorial?”. Estamos descobrindo sozinhos.  Se tudo isso foi criado para atender uma necessidade urgente de expansão, já está mais que atrasado o tempo de criar um curso de verdade, com uma identidade própria, que atenda realmente os sentidos e os objetivos pedagógicos de sua criação, além da formação necessária para um profissional de sucesso no mercado de trabalho.

Incrivelmente, acreditamos que a solução de tudo isso seria muito mais simples do que se pensa. Se houvesse um maior diálogo entre professores, coordenação e alunos, quem sabe poderíamos, mutuamente, construir algo magnífico… Mas, muitos se perguntam: “Quando veremos uma maior atividade por parte de nossa coordenação?”, “Quando nos proverão a suficiência necessária para que nos graduemos no mínimo de maneira mediana ou básica?”. Não estamos aqui para preencher espaços vazios, pois, como qualquer outro acadêmico da Universidade Federal de Santa Maria, estamos aqui para estudar a área de nosso interesse e, um dia, nos tornarmos grandes no que fazemos.

Vale salientar que sim, ainda estamos falando do ensino da forma convencional, onde um professor profere seus conhecimentos a seus discípulos. Dessa forma, acabamos por ficar desmotivados pela busca do conhecimento. Paulo Freire que nos desculpe, mas ainda não concebemos fazer parte de novas sistemáticas de ensino, nas quais o aluno, de acordo com a sua simples gana por conhecimento, busque incessantemente pelo mesmo. Falha nossa, não somos alunos perfeitos. Mas, se já admitiram outro sistema de ensino como vigente aqui, esqueceram de nos comunicar…

E o que queremos com todo esse breve e incompleto relato de abandono:

– Apropriação exclusiva do LAPPE (Laboratório de Pesquisa e Produção Editorial), assim como a FACOS AGÊNCIA e a AGERP;

– Professor Coordenador do LAPPE;

– Docentes com formação em Produção Editorial;

– Reestruturação da grade curricular com a inclusão de matérias indispensáveis para a formação de um Editor;

– Uma coordenação de curso mais ativa;

– Reabertura efetiva da Editora FACOS com publicção e comercialização de livros, tanto como instrumento didático quanto Empresa Júnior.

 

Um texto escrito pelos acadêmicos de Produção Editorial da UFSM

 

O Fórum de Editoração! – Parte 2

por Camila Nunes

A segunda mesa, composta pelos professores Sandra Reimão da USP, Aníbal Bragança da UFF e Marília Barcellos da UFSM, tratou a respeito da pesquisa no campo editorial no Brasil. As opiniões vindas dos diferentes estados convergiram quanto ao estado iniciante em que ela se encontra, porém, como afirmou a Prof. Sandra,  este fato não deve ser visto como algo ruim, pelo contrário, devemos ver como uma oportunidade para iniciar estudos na área.

O Prof. Aníbal afirmou que a formação em Produção Editorial e Editoração, não deve ser vista como apenas tecnicista, ela é  também humanistica. O aluno formado deve ter a capacidade de não apenas produzir um produto editorial, mas também de gerenciar e definir a política editorial dentro de uma editora “Não existe um aluno que pensa e um que faz, o que existe e se precisa é um aluno que tenha capacidade para fazer a parte “prática”, que pense criticamente  e, principalmente, que consiga conciliar essas atividades”. Podemos verificar uma constante preocupação com a formação deste profissional, vide a criação do curso de Produção Editorial na UFSM e de Letras com ênfase em editoração no CEFET de Minas Gerais.

A contribuição da Prof. Marília nesta mesa foi no sentido de trazer algumas questões ao pesquisador da área, “O que devemos publicar?”, “Como fazê-la?”, “Onde publicar?” e, para reflexão, lembrou das falsas confidências que podem ser encontradas nas entrevistas dos editores. Por outro lado, apresentou a Revista Animus, coordenada pela Prof. Claudia Bonfá (também da UFSM), que publica trabalhos de profissionais pesquisadores em nível de doutorado,  integrando de forma criativa vídeos, audios e textos, facilitando a leitura e o acesso ao conteúdo acadêmico.

Professores participantes da segunda mesa do evento, sob a mediação da Prof. Lilian Escorel.

O Fórum de Editoração! – parte 1 (Escrito por Fabio Brust – Produção em Hipermídia)

No dia 22 de Outubo de 2011, sábado, ocorreu o VII Fórum de Editoração, em São Paulo, promovido pela ECA, da comunicação da USP.

Obviamente, a turma de Produção Editorial da UFSM esteve presente no evento!

Devido à grande importância do evento realizado na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, era de grande interesse de nossa turma participar e assistir às quatro mesas a serem ministradas por importantes nomes do mercado editorial, tratando de temas como o livro digital e a imigração de editoras estrangeiras no Brasil.

Depois de viajar por quase um dia inteiro e passar por poucas e boas, partimos direto para o evento, sendo muito bem recebidos pelos alunos da ECA, que já estavam por lá dando um trato no lugar, trazendo comida para os coffee breaks e arranjando o material que receberíamos a partir de participantes, assim como das editoras que ajudaram a promover o evento em sacolas especiais do fórum de editoração. É claro que aproveitamos a oportunidade e incluímos nossos marca-páginas temáticos do Programa de Apresentação de Produção Editorial para Leigos (P.A.P.E.L.) nessa sacola, para que os visitantes e inscritos fossem capazes de conhecer o novo curso de P.E. da UFSM.

Às 8h30 as inscrições começaram e fomos capazes de receber a tal sacola, assim como de aproveitar o maravilhoso coffee break que se seguiu, com pão-de-queijo, bolos de todo tipo e sabor, salgados e enroladinhos de salsicha para que pudéssemos terminar com nosso jejum de horas dentro de um ônibus, agradecendo à organização por nos fornecer tal tipo de agrado.

PEs reunidos, aguardando o início das atividades do Fórum.

Mesa 1 – “Livro na tela: e-book como tansformador da leitura”

Depois de meia hora, às 9h, já começava a primeira discussão: “Livro na tela: e-book como transformador da leitura”, com os palestrantes Ednei Procópio, membro da Comissão do Livro Digital da Câmara Brasileira do Livro; Sergio Herz, diretor da seção digital da Livraria Cultura; e Lilian Lima Franco, do birô Trio Studio. A mediação foi realizada por Pollyana Ferraari Teixeira, professora da PUC-SP e consultora em mídias digitais.

Através de antes uma discussão que uma palestra, foi possível compreender o panorama do e-book no Brasil nos dias atuais, com muitas perguntas feitas pelos ouvintes e respostas bastante explicativas por parte dos palestrantes. Com a intensa modificação do foco dos livros tanto pela parte das editoras quanto pela parte das livrarias, criando segmentos de suas lojas para vender apenas livros virtuais, a discussão é totalmente válida e importante para se entender qual é o futuro do mercado do livro, tanto no Brasil quanto no exterior.

Algumas questõs levantadas foram o fato de que o livro digital no Brasil é muito comentado, mas ainda não há muito desenvolvimento por parte desse campo nas livrarias e nas editoras. Outro tema foi o DRM, os direitos autorais no âmbito dos computadores e dispositivos para leitura, levando-se em conta se esses direitos deveriam ou não ser aplicados da maneira como são aplicados hoje, e a influência deles em relação à compra dos livros pelos consumidores ou não. Ednei, por exemplo, acredita que os DRM prejudicam as vendas, pois tornam mais difícil a compra dos livros.

Os direitos autorais, que seriam também comentados na terceira palestra, foram o tema principal dessa, tratando da pirataria dominante na internet e como o livro poderia (ou não) se defender dessa onda de produtos culturais gratuitos na rede, sem beneficiar o criador do mesmo. Por exemplo; seria pirataria um leitor emprestar o e-book, através de compartilhamento, para um amigo, sendo que, no mundo real, essa técnica também ocorre? Até que ponto o DRM prejudicaria essa prática, e até que ponto ela deveria ou não prejudicar?

Também tratando da internet, se falou sobre as redes sociais voltadas apenas para a literatura, como O Livreiro e Skoob, que permitem que os usuários montem suas estantes de forma prática e interativa. Também se comentou a respeito da venda de livros impressos pela internet, o que aconteceu, segundo Sérgio Herz, pelo fato de que as ojas virtuais diminuíam os preços dos livros, enquanto as livrarias não acompanhavam essa mudança nos preços.

Participantes da primeira mesa.

Sorteados os ganhadores da promoção PROFITECS!

Nesta quinta-feira (20/10/2011), pela manhã, foram sorteados os três ganhadores de kits de revistas científicas da Editora da FACOS. Foi uma promoção do curso de Produção Editorial da UFSM, especialmente para PROFITECS, a nova Feira das Profissões da Federal. Dois dos kits eram formados por revistas Animus e o restante, de revistas Cadernos de Comunicação. O sorteio foi ao vivo pela TV Campus e presenteou Fernando Stringuini Ourives, de Cachoeira do Sul, e Michele Maria da Costa, de Restinga Seca, com as revistas Animus. Já os Cadernos de Comunicação, foram para Santo Ângelo, para Juliane Salapata Duarte. Entraremos em contato com os vencedores e enviaremos em breve seus prêmios. Os acadêmicos Produtores Editoriais agradecem a grande presença e participação do público em seu estande!

Conheça a Produção Editorial!

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) conta agora com um novo curso na área da Comunicação Social! Ele se chama “Produção Editorial”, e surgiu para suprir uma demanda do mercado de impressos e de mídias digitais no Brasil. Ok, beleza. Mas o quê um produtor editorial faz?

Na verdade, a intenção do curso é formar editores! Editores são as pessoas que coordenam o fluxo de trabalho dentro de uma organização com vistas a publicações impressas ou digitais, principalmente livros. E o trabalho do produtor editorial, no final das contas, é tornar um original, ou seja, um projeto de impresso ou de site, por exemplo, e torná-lo agradável de ser lido, interessante e chamativo para os leitores. Nosso trabalho é criar uma capa, um projeto editorial para o miolo, diagramar, registrar livros, colocar sites no ar, tratar de seu design e, acima de tudo, fazer com que o leitor se interesse pelo quê estamos fazendo.

A primeira turma da Produção Editorial, na UFSM, começou no meio do ano de 2010, e outra iniciou o curso no começo de 2011. Hoje, o curso conta com duas turmas e cerca de 40 alunos, e visa se estabelecer na área da Comunicação Social, trazendo à tona sua existência e o fato de que esta área do conhecimento também é, acima de tudo, muito interessante!